Você sabia que é possível investir em títulos públicos federais com preços acessíveis e muita segurança? Assim é o Tesouro Direto: um dos investimentos mais seguros do país e que permite fazer aplicações a partir de R$ 30. Ficou interessado? Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre ele!
A seguir, você irá conhecer: o que é e como funciona o Tesouro Direto, como começar a investir, as principais dúvidas sobre o Tesouro Direto, o que é renda fixa, dicas para sua aposentadoria com o Tesouro Direto, rentabilidade dos títulos do Tesouro e o valor de cada título. Boa leitura!
Destaques do Guia Tesouro Direto:
- O que é e como funciona o Tesouro Direto?
- Como escolher o melhor título do Tesouro para investir
- Quanto custa cada título, rentabilidade e o que é data de vencimento
- Quanto rende: entenda como funciona a rentabilidade do Tesouro Direto
- Na prática, quanto rende R$ 1.000 no Tesouro Direto?
- Passo a passo para investir no Tesouro Direto
- O que é uma corretora de investimentos
- Conheça o novo título do Tesouro para sua aposentadoria: o Tesouro Renda+
- Onde consultar os principais títulos do Tesouro Direto, preços do dia e taxas
O que é Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é uma plataforma de investimento criada para facilitar o acesso das pessoas aos títulos públicos federais. O site oficial do Tesouro Direto é o https://www.tesourodireto.com.br/ .
Como funciona?
Esses títulos são considerados uma das opções de investimento de baixo risco do país e são muito acessíveis, permitindo investimentos a partir de R$ 30. Além disso, oferece diferentes tipos de rentabilidade, prazos de vencimento e fluxos de remuneração, fazendo com que o investidor possa escolher a opção que faz mais sentido para ele.
Tesouro Direto é renda fixa?
Sim, o Tesouro Direto é um investimento de renda fixa, como a poupança. Nessa modalidade, ao investir, você empresta dinheiro ao governo e, em troca, recebe de volta o valor que aplicar mais juros pelo tempo em que o dinheiro ficou emprestado. Como o nome já diz, os títulos de renda fixa têm regras de remuneração combinadas antes. Ou seja, ao investir, você já sabe como será calculada a rentabilidade que irá receber.
Tipos de títulos do Tesouro Direto
Como todo investimento, não há um título que seja “o melhor” por si só: cada pessoa tem desejos, necessidades e prioridades distintas. Portanto, é importante que você saiba qual é o seu perfil de investidor e tenha bem claros os seus planos futuros para que possa escolher a modalidade que melhor se encaixa nas sua realidade. Uma vez definido o seu objetivo com o investimento, o site do Tesouro Direto permite fazer simulações entre os títulos disponíveis e aponta aquele o mais adequado para você nesse momento.
O Tesouro Direto oferece três tipos de títulos:
1. Tesouro Prefixado
No prefixado, você conhece o valor da rentabilidade antes de investir.
2. Tesouro Selic
O Tesouro Selic é atrelado à taxa de juros básica da economia, a Taxa Selic.
3. Tesouro IPCA
Já o IPCA tem sua remuneração vinculada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou seja, à inflação.
Abaixo, você entende melhor como funciona a rentabilidade de cada um deles.
Rendimento do Tesouro Direto
Existem várias formas de investimento no Tesouro Direto. Os títulos do Tesouro Direto têm o rendimento calculado anualmente e cada um dos cinco tipos (prefixado, Selic, IPCA, RendA+ e Tesouro Educa+) oferece diferentes opções de rentabilidade e datas de vencimento. Em 3 de março de 2023, havia 19 títulos disponíveis nessas modalidades. Você pode consultar todos eles no site do Tesouro Direto.
Taxas e impostos do Tesouro Direto
Taxa de custódia e taxa de administração
Quanto às taxas, são cobrados dois tipos: a taxa de custódia da B3 (a Bolsa de Valores brasileira) e a taxa de administração, que muitas vezes não é cobrada pela instituição financeira. Tanto as taxas quanto os impostos são cobrados automaticamente.
Imposto de renda (IR) e IOF
A rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto é tributada pelo Imposto de Renda (IR), cobrado no momento do resgate da aplicação. Além dele, também há o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras), que é cobrado da mesma maneira que em outros investimentos: é tributado regressivamente para aplicações de até 30 dias (caso você mantenha o título por um período maior, não há cobrança de IOF).
Qual valor mínimo para investir no Tesouro Direto?
Você não precisa comprar o valor inteiro de um título emitido pelo governo, podendo investir em apenas uma fração dele. O valor mínimo permite tornar este tipo de investimento mais acessível e adequado à realidade financeira de cada um: enquanto o preço cheio de um título gira em torno de R$ 700, por exemplo, é possível comprar uma fração dele com pouco mais de R$ 30.
Preço unitário do Tesouro Direto
O valor unitário do Tesouro Direto corresponde ao preço que o investidor deve pagar para adquirir uma unidade do título vendido no Tesouro Direto. Como vimos acima, você não precisa comprar um título inteiro, sendo possível comprar frações. A quantidade mínima de compra definida pelo Tesouro é 0,01% do título. O investidor pode comprar múltiplos de 0,01 - Exemplos: 0,04 título, 0,05 título e assim por diante. Não é possível comprar frações mais quebradas, como 0,015 título ou 5,73 títulos.
Vencimento (resgate do dinheiro na data do vencimento)
A data de vencimento se refere ao prazo final determinado pelo governo para o investimento, ou seja, é o prazo máximo em que o dinheiro ficará aplicado. É possível resgatar os valores antes, se precisar ou preferir, mas isso pode fazer com que você tenha um retorno financeiro menor do que se deixasse os recursos aplicados até a data de vencimento.
Quanto rende? Como funciona o rendimento do Tesouro Direto
Todos os títulos do Tesouro Direto têm liquidez diária, o que significa que você pode resgatar o dinheiro quando quiser – não precisa esperar um período determinado para movimentar os recursos, como acontece com outros tipos de investimentos. Confira, a seguir, as três modalidades de títulos do Tesouro Direto disponíveis, como funcionam suas rentabilidades e para quais situações cada um deles é mais adequado.
1. Rentabilidade do Tesouro Prefixado
Os títulos prefixados são uma boa escolha para quem quer saber exatamente quanto vai resgatar ao final da aplicação. A taxa de juros é fixa, portanto é possível calcular qual será o montante final no momento em que o investimento é feito.
Ideal para: metas de médio e longo prazo, como comprar um carro ou sua casa própria.
Confira abaixo, alguns exemplos de títulos do Tesouro Direto disponíveis
2. Rentabilidade do Tesouro Selic
Este tipo de título tem a rentabilidade atrelada à Taxa Selic, a taxa básica de juros da economia. Você sabe que o seu investimento vai render de acordo com ela, mas não é possível determinar com antecedência qual será o valor resgatado ao final.
Ideal para: objetivos de curto prazo, como formar uma reserva de emergência.
3. Rentabilidade do Tesouro IPCA
A rentabilidade dos títulos Tesouro IPCA é atrelada à inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). Além disso, estes títulos também têm uma taxa prefixada de juros. Ou seja, você consegue proteger os seus investimentos das variações da inflação, pois garante que a rentabilidade esteja sempre acima dela.
Ideal para: investimentos de longo prazo, como aposentadoria.
Antes de investir no Tesouro Direto, confira como montar sua reserva de emergência
As mais lidas sobre o Tesouro Direto:
- Tesouro RendA+, o título do Tesouro Direto para complementar a aposentadoria
- Tesouro Educa+: o que é e como funciona o novo título do Tesouro Direto
- Tesouro direto X poupança: qual melhor para investir?
Quanto rende R$ 1.000 no Tesouro Direto?
A rentabilidade do Tesouro Direto depende do tipo de título comprado e do tempo em que o dinheiro ficará aplicado. Para que você possa visualizar a diferença entre os investimentos, fizemos três simulações no site oficial do Tesouro Direito: uma para cada modalidade de título disponível, mas com diferentes datas de vencimento. As simulações usadas nos exemplos a seguir foram retirados do site oficial do Tesouro Direto em 3 de março de 2023.
R$ 1.000 reais no Tesouro Prefixado 2026
Para quem investiu R$1.000,00 no Tesouro Prefixado 2026 em 03/03/2023, o valor líquido resgatado em 1º de janeiro de 2026 será de R$ 1.344,61. O Tesouro Prefixado é a única modalidade em que é possível saber com mais certeza qual será o valor resgatado ao final. Nas demais, temos uma previsão aproximada.
R$ 1.000 reais no Tesouro Selic 2026
Já os mesmos R$ 1.000,00 investidos em 03/03/2023 no Tesouro Selic terão um valor líquido de resgate no vencimento (01/03/2026) estimado em R$ 1.398,98.
R$ 1.000 reais no Tesouro IPCA+ 2029
Quem investiu R$ 1.000,00 no Tesouro IPCA 2029 em 03/03/2023 poderá contar, no vencimento (15/05/2029), com um valor líquido de resgate estimado em R$ 1.863,70.
Assim, antes de investir, vale fazer uma simulação com quanto dinheiro você tem disponível agora (ou quanto gostaria de retirar ao final) e quanto tempo poderia manter o recurso aplicado. Dessa forma, você consegue encontrar a melhor opção para as suas demandas!
Como investir no Tesouro Direto: passo a passo
Para investir no Tesouro Direto, é preciso ter CPF e uma conta bancária, seja corrente ou poupança. Confira o passo a passo:
- Abra uma conta em um dos bancos ou corretoras de investimentos habilitados para operar no Tesouro Direto. Você confere a lista de todas as instituições financeiras habilitadas para isso no próprio site do Tesouro Direto.
- Transfira o dinheiro que você quer investir da sua conta bancária para a conta no banco ou corretora em que se cadastrou no Tesouro Direto.
- Comece a investir! Você pode fazer isso pelas plataformas da instituição em que se cadastrou ou do próprio Tesouro Direto, que dispõe de site e aplicativo oficiais.
O que é uma corretora de investimentos
Para investir no Tesouro Direto e comprar esses títulos públicos, você precisará fazer o cadastro em uma instituição financeira, como bancos ou corretoras. Corretoras de investimentos são empresas que fazem a mediação da compra e venda de valores mobiliários negociados em bolsa, como títulos e ações.
Tesouro Renda+: o novo título do Tesouro para sua aposentadoria
Para ajudar o brasileiro a planejar seu futuro e se preparar para o momento da aposentadoria, o Tesouro Direto conta agora com o Tesouro RendA+. Esse é um investimento de longo prazo, para um horizonte de 30 a 60 anos de aplicação. Após esse período, poderão ser feitos pagamentos mensais ao investidor, similar ao que é feito em uma aposentadoria privada. Saiba tudo sobre o Tesouro RendA+.
Onde consultar os principais títulos do Tesouro Direto, preços do dia e taxas
Assim como em outros ativos, os valores dos títulos do Tesouro Direto variam ao longo do dia. Além disso, cada tipo de investimento terá taxas específicas a serem pagas, o que também deve ser levado em conta na hora de calcular quanto dinheiro você gostaria de ter ao final da aplicação. Portanto, sempre consulte o valor dos títulos e taxas no site oficial do Tesouro Direto.
Outras opções de investimentos da renda fixa
- O que é CDB: tudo o que você precisa saber na hora de investir
- LCI e LCA: o que são e como funcionam esses investimentos de renda fixa isentos de IR
- Renda Fixa: os primeiros passos e dicas para começar a investir
- Guia da Poupança hoje: como funciona o investimento mais querido dos brasileiros
Conclusão
Investir não precisa ser complicado! Há diversas opções de ativos disponíveis no mercado e, como mostramos neste artigo, os títulos do Tesouro Direto estão entre as mais seguras e acessíveis. Mesmo com um valor pequeno, já é possível começar a investir! E, aos poucos e com disciplina, você pode ir construindo uma reserva financeira e conquistar todos os seus sonhos, como viajar, comprar carro, casa ou ter uma aposentadoria tranquila!
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Matéria atualizada em 28 de março de 2023. Originalmente publicada em 24/02/22.