Quanto mais cedo começarmos a planejar nossa aposentadoria, menor o esforço que precisaremos fazer ao longo da vida para ter tranquilidade no futuro. O Tesouro RendA+, título público federal lançado em janeiro de 2023 pelo Tesouro Direto, chegou ao mercado como uma alternativa de fonte extra de renda na aposentadoria.
O título é similar ao Tesouro IPCA+, ou seja, tem seu rendimento atrelado à inflação, mantendo o poder de compra do dinheiro até seu vencimento. Focado no longo prazo, ele foi pensado para apoiar quem deseja começar a formar uma reserva que poderá ser usufruída no momento em que decidir parar de trabalhar.
Continue a leitura e descubra como o Tesouro RendA+ funciona. Aqui, você vai descobrir:
- O que é o Tesouro RendaA+
- Para quem a aplicação é mais adequada
- Quanto devo investir
- Taxas e tributações do produto
- Tesouro RendA+ e previdência privada: qual escolher?
O que é o Tesouro RendA+
O Tesouro RendA+ é um título do Tesouro Nacional que está disponível desde 30 de janeiro de 2023. A ideia é a mesma dos planos de previdência privada. A pessoa investe um pouquinho por mês e vai formando uma reserva para receber um benefício mensal no futuro.
Atualmente, o Tesouro RendA+ conta com oito datas de vencimento: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065 e tem seu rendimento atrelado ao IPCA. É possível programar aportes mensais, que podem ser feitos até mesmo pelo PIX. Após o prazo de vencimento escolhido, o valor valor aplicado volta para o investidor acrescido de juros, em 240 parcelas mensais pagas durante 20 anos.
Portanto, se você planeja se aposentar em 2040, pode investir mês a mês no Tesouro RendA+ até a data estipulada. E, a partir de 2040, passará a receber o valor investido acrescido de juros até 2060, para complementar sua renda mensal nesse período.
Vale lembrar que o Tesouro RendA+ não é a mesma coisa que a aposentadoria e não substitui as contribuições feitas para o INSS. Ele pode funcionar como um complemento da aposentadoria pública por um período de 20 anos e até mesmo da previdência privada.
Para quem a aplicação no Tesouro RendA+ é mais adequada
O Tesouro RendA+ está disponível apenas para pessoas físicas. De acordo com o Tesouro Nacional, o público-alvo são trabalhadores autônomos com renda entre três e cinco salários mínimos por mês.
Como em outros títulos do Tesouro Direto, é possível adquirir um título do Tesouro RendA+ por meio de uma corretora, distribuidora ou banco. No Tesouro RendA+, porém, não há taxas de custódia para os investidores que mantiverem o título até sua data de vencimento.
Quanto investir no Tesouro RendA+
Você pode começar a investir a partir de R$ 30 por mês. Para entender qual o valor mensal que deve ser depositado e qual o melhor título para você, o site do Tesouro Direto disponibiliza um simulador simples. Nele, você preenche sua idade, com quantos anos deseja se aposentar e qual o valor ideal para sua renda extra no futuro.
Com isso, o simulador já indica qual dos oito títulos diferentes dessa modalidade é o mais indicado para você, qual o valor do aporte mensal necessário para alcançar sua meta e quantos títulos você precisará comprar para ter a renda escolhida.
Taxas e tributações do Tesouro RendA+
Assim como em outros investimentos de renda fixa, sobre a rentabilidade do Tesouro RendA+ incide o Imposto de Renda, seguindo uma tabela regressiva, conforme o tempo em que o dinheiro ficará aplicado (180 dias a mais de 721 dias). A taxa máxima é de 22,5%, e vai reduzindo até chegar em seu valor mínimo, de 15%, descontada no momento do resgate, ou seja, de recebimento das parcelas.
A grande novidade está na taxa de custódia, que pode ser zerada no Tesouro RendA+ se você mantiver os investimentos até o vencimento e não ultrapassar o valor de seis salários mínimos por resgate mensal.
A taxa é cobrada de quem resgatar antecipadamente e o valor varia de acordo com o prazo. Se o resgate for feito antes de 10 anos de aplicação, será cobrado 0,50% ao ano sobre o valor mais juros. Entre 10 e 20 anos, a taxa é de 0,20%. Acima de 20 anos, a taxa cai para 0,10% ao ano.
Tesouro RendA+ e previdência privada: qual escolher?
Apesar do Tesouro RendA+ e da previdência privada terem objetivos em comum, ajudando o brasileiro a planejar seu futuro e se preparar para o momento da aposentadoria, existem diversas diferenças entre eles. Para entender qual é o mais vantajoso para você, é preciso analisar seu perfil de investidor, objetivos e prazos.
No Tesouro RendA+, o destaque é para a acessibilidade e facilidade de aplicação. É possível começar a investir com apenas R$30 e ainda contar com toda a segurança de um título garantido pelo governo federal. Por outro lado, ele oferece pouca flexibilidade na hora do resgate.
A previdência privada, por sua vez, pode oferecer mais flexibilidade e diversidade na hora de investir, além de contar com outro formato de tributação, que pode ser progressiva ou regressiva.
Na progressiva, o imposto incide sobre a renda conforme a tabela de IR em vigor. Na regressiva, a alíquota do IR é aplicada de acordo com o período de permanência no plano. Quanto maior o tempo de contribuição, menor o IR. É preciso levar em conta também as taxas administrativas, que em alguns casos podem ser elevadas do que as do Tesouro RendA+.
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Matéria publicada em 23 de março de 2023 e atualizada em 30 de maio de 2023
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