Como usar o reescalonamento de dívidas a seu favor

Entenda o que é reescalonamento de dívida, como funciona e quando vale a pena recorrer a ele. Veja, ainda, benefícios e cuidados ao contratar.

21 de outubro de 2022 1 min. leitura

Fechar o mês no vermelho, acumulando dívidas no cheque especial, cartão de crédito ou outros empréstimos e financiamentos pode trazer muitas dores de cabeça. Em agosto de 2022, quase 68 milhões de pessoas possuíam contas mensais com valores maiores do que conseguiam quitar e tiveram seus nomes incluídos na lista de inadimplentes, segundo o Serasa.

Em outras situações, para não ficar com o nome sujo, as pessoas alternam o pagamento de contas. Pagam algumas em um mês e outras ficam para o mês seguinte. Em ambos os casos, a situação precisa ser resolvida rapidamente, para evitar o efeito bola de neve dos juros compostos e o risco de superendividamento.

O melhor jeito de fazer isso é não deixar o tempo passar e entrar logo em contato com o credor para negociar. Uma das alternativas, nesse processo, é o reescalonamento de dívidas. Com ele, é possível diminuir o valor das parcelas, aumentando o prazo de pagamento. É uma opção para sair do vermelho e se reorganizar, mas que precisa ser usada com cautela. Quer saber mais? Continue a leitura!

Afinal, o que significa reescalonar dívidas?

O reescalonamento de dívidas é uma maneira de negociar uma pendência com instituição financeira. Seu objetivo é facilitar a reorganização do orçamento de quem contrata. Funciona assim: uma parte do valor devido é empurrada para o final do contrato, entendendo o prazo de pagamento.

A ideia é que, com isso, você consiga encaixar a parcela do empréstimo no orçamento, naquelas situações em que o salário não cobre todas as despesas. Nos casos em que o contrato não pode ser prorrogado por mais meses, para reduzir o valor da parcela, a instituição financeira pode oferecer outra linha de crédito mais alongada para você quitar os atrasos.

Assim, o reescalonamento aumenta o número de parcelas, estendendo a dívida por mais tempo, mas diminui o valor pago no mês a mês. É como se você comprasse mais tempo para quitar as pendências. Isso não quer dizer que o valor final da dívida que você possui irá diminuir; ele apenas é dissolvido em mais parcelas, acrescidas de juros.

Como usar o reescalonamento de dívidas a seu favor: pessoas organizando suas dívidas

Em quais situações o reescalonamento é indicado?

O reescalonamento de dívidas é uma opção para quem precisa se reorganizar rapidamente para encaixar os compromissos financeiros dentro do orçamento. Ao estender o pagamento por mais meses e reduzir o valor da parcela, é possível ganhar fôlego para colocar a vida financeira em dia, conseguindo administrar melhor as contas de acordo com a renda mensal.

Você também pode recorrer ao reescalonamento para trocar uma dívida mais cara, como o rotativo do cartão de crédito ou o cheque especial, por uma mais barata - empréstimo com garantia, crédito pessoal ou crédito consignado, por exemplo. E até para juntar duas ou mais dívidas com o seu banco em uma única parcela.

Reescalonamento x consolidação de dívida: qual a diferença?

Reescalonamento e consolidação de dívidas são produtos bancários similares, mas não são a mesma coisa. Enquanto o reescalonamento vem para diminuir o valor pago por parcela, a consolidação das dívidas é uma alternativa para quem possui várias dívidas com diferentes credores e tem dificuldades para negociar com cada um deles. 

Assim, o reescalonamento é pensado para aliviar o valor das parcelas que você tem em uma determinada instituição financeira, enquanto a consolidação facilita a organização das pendências com com lojas, bancos e outras empresas - ou seja, você contrata um crédito, quita todas as dívidas e assume uma única parcela mensal.

Cuidados ao buscar o reescalonamento de dívida

Como vimos, o reescalonamento não diminui o valor total da dívida. Ele apenas reduz o valor pago por mês, aumentando também o prazo para quitar. Na hora de contratar, é necessário observar alguns pontos importantes.

O primeiro deles é a taxa de juros. A dica é aproveitar as facilidades do Open Finance e comparar as taxas cobradas por sua instituição e por outros bancos. Assim, você pode tanto encontrar soluções mais adequadas quanto ter bases mais concretas para negociar. Informe-se também sobre o Custo Efetivo Total dos empréstimos.

Outro cuidado: ao fazer o reescalonamento, você estará assumindo uma dívida longa, que precisará ser administrada por mais tempo. Considere que, nesse período, podem ocorrer imprevistos e negocie um valor que caiba em seu orçamento. Que tal encontrar uma maneira de fazer renda extra para ter um fôlego a mais?

Neste vídeo, trazemos algumas ideias para isso:

Mude de hábito e saia do vermelho

Vai reescalonar uma dívida? Ótimo, mas essa decisão deve ser acompanhada de outra igualmente importante: organizar as finanças pessoais e da casa para que as despesas caibam dentro do orçamento e, se possível, fechar o mês com alguma sobra para ir formando uma reserva de emergência. Veja algumas medidas que podem ajudar nisso.

FIQUE ATENTO AOS SINAIS DE ALERTA: Existem diversos sinais de alerta que indicam que a vida financeira está saindo do controle. Manter o padrão de vida mesmo quando ele não cabe mais no bolso é um deles, assim como gastar mais do que recebe, fazer  malabarismos para pagar as contas do mês, usar o cheque especial para compras do dia a dia, parcelar a fatura do cartão com frequência e outros. 

ALINHE SEU ESTILO DE VIDA À SUA RENDA: Entender seus ganhos e buscar um padrão de vida compatível com sua realidade é essencial para voltar a ficar no vermelho. A família toda pode ser envolvida no esforço de cortar alguns gastos por um certo período, vender algum bem, como o carro, para colocar as finanças em ordem ou até mesmo mudar de bairro para enxugar custos de aluguel ou transporte, caso more longe do trabalho.

FAÇA UM CONTROLE FINANCEIRO: Ter as finanças na ponta do lápis é a chave quando se deseja ter uma boa saúde financeira. Aqui no portal Meu Bolso em Dia você encontra informações e ferramentas que podem ajudar nesse desafio. Para começar, é importante listar todos os ganhos e gastos mensais. Você não precisa necessariamente fazer uma planilha. Um caderninho ou lista já ajuda. 

Gostou dessas dicas? Não deixe de conhecer também as trilhas gratuitas da Plataforma Meu Bolso em Dia! Nela, você aprende como se organizar financeiramente, sair das dívidas e juntar dinheiro para viver com mais tranquilidade.