Seguro prestamista: o que é e como funciona essa modalidade

Entenda como funciona o seguro que garante a quitação de prestações ou do saldo devedor de empréstimos em caso de perda de emprego, doença grave, invalidez ou morte do segurado

seguro prestamista garante a quitação ou amortização da dívida caso o segurado não consiga quitar em função dos eventos cobertos na apólice
25 de agosto de 2023 3 min. leitura

Antes de contratar um empréstimo, financiamento ou parcelar algo no cartão de crédito é importante saber se teremos condições de honrar aquele compromisso na data de vencimento. Mas e se, mesmo tomando esse cuidado, acontecer algo inesperado, como perda de emprego, acidente ou outra fatalidade que nos impeça de arcar com a dívida? É nessa hora que o seguro prestamista entra como um aliado, garantindo proteção financeira contra imprevistos que podem dificultar ou impedir o pagamento das prestações ou a quitação total da dívida.

Como o nome indica, o prestamista é um tipo de seguro, como o residencial, do carro ou de vida, por exemplo, mas voltado especificamente para quem vai contratar empréstimo ou financiamento.

O que é seguro prestamista

O seguro prestamista é uma modalidade de seguro que cobre o valor total ou as parcelas de empréstimos e financiamentos do segurado nas situações contempladas na apólice. A cobertura pode abranger a perda involuntária de emprego, acidente com invalidez temporária ou permanente, morte ou doença grave que impeça o segurado temporariamente de trabalhar.

Nessas situações, o beneficiário do seguro pode receber um valor para a quitação, amortização ou o pagamento de um número de parcelas da dívida ou compromisso financeiro (cartão de crédito, por exemplo) assumido pelo segurado. As condições são definidas na apólice, que determina também quais tipos de eventos serão cobertos.

A importância do seguro prestamista

Imagine que você financie a compra de um carro em 48 vezes e opte por contratar o seguro prestamista com cobertura para incapacidade temporária por um determinado período. Nesse meio tempo, sofre uma queda e fica impedido de trabalhar, levando à redução de sua renda. Isso poderia dificultar ou impedir o pagamento das parcelas do empréstimo do carro, gerando inadimplência ou até a perda do veículo.

Nessa situação, o seguro prestamista poderia cobrir as parcelas do financiamento durante o período estipulado na apólice. Após a recuperação, você voltaria a efetuar os pagamentos normalmente, mas sem ter acumulado dívidas no momento do aperto. Essa pode ser, assim, uma maneira de ter mais tranquilidade na hora de assumir dívidas de longo prazo.

Cobertura do seguro

Veja, abaixo, alguns tipos de dívidas ou compromissos financeiros que podem ser cobertos pelo seguro prestamista:

  • Cheque especial
  • Cartão de crédito
  • Parcelamentos
  • Financiamento de imóveis ou veículos
  • Consórcios
  • Empréstimos em bancos e financeiras

Tipos de cobertura do seguro prestamista

O seguro prestamista existe para cobrir eventos inesperados, que podem ser temporários ou, ainda, mais severos. Conheça as principais coberturas:

  • Morte, por qualquer causa
  • Invalidez permanente por acidente
  • Desemprego involuntário. Neste caso, o seguro não cobre demissões por justa causa ou demissão voluntária, ou seja, quando o segurado pede demissão. 
  • Incapacidade física temporária, seja por acidente ou doença grave.
 tipos de cobertura do seguro prestamista

Segundo a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), em alguns casos, o seguro prestamista conta com um período de carência, ou seja, um tempo que demora para que a cobertura seja ativada a partir da data de vigência do seguro. As condições e detalhes são sempre informados na apólice do seguro, que deve ser lida com atenção.

Como resgatar o seguro prestamista

Caso você passe por uma dessas situações e precise resgatar o seguro, basta acionar a seguradora por meio de seus canais oficiais de atendimento. Tenha em mãos documentos que comprovem o evento ocorrido, como um laudo médico, boletim de ocorrência de acidente, carta de demissão, atestado  de óbito ou outro, além do contrato de crédito do seguro.

Quem são os beneficiários do seguro prestamista?

Quando falamos de seguro prestamista, o beneficiário é sempre o credor. Ou seja, a pessoa que assumiu o empréstimo e contratou o seguro. No caso de morte, se o saldo remanescente da dívida for menor do que o valor da indenização paga pela seguradora, quem recebe o dinheiro que sobra é a pessoa indicada pelo segurado como segundo beneficiário. Essa indicação pode ser feita na contratação ou durante a vigência da apólice.

Como contratar o seguro prestamista

Como o seguro prestamista está atrelado a uma modalidade de crédito, a sua contratação costuma ser feita quando você solicita o empréstimo ou financiamento. Normalmente, a própria instituição financeira oferece essa opção. Você pode escolher contratar ou não, ou seja, ele não é obrigatório. Caso contrate, a seguradora pode pedir documentos e informações adicionais sobre seu emprego e ocupações, saúde e outros. Esses fatores irão influenciar o valor que você pagará para custear o seguro - o chamado “prêmio”. Esse valor também é influenciado pelo prazo e valor do compromisso financeiro assumido.

como contratar e quais as regras do seguro prestamista

A SUSEP afirma, ainda, que a vigência do seguro varia de acordo com a duração da dívida assumida. Se você financiou um carro por 48 meses, por exemplo, o seguro prestamista também terá validade de 48 meses.  Caso a dívida seja renegociada, alongando o prazo de pagamentos, isso deve ser informado à seguradora, que irá aumentar o prazo de vigência e, também, fazer um recálculo de valores do seguro. Por outro lado, se a dívida for quitada antes do prazo, o  prêmio pago referente ao período a decorrer deverá ser devolvido ao segurado.

Quando optar pelo seguro prestamista?

Como vimos, o seguro prestamista pode ser uma segurança para quem contrata algum tipo de empréstimo ou assume compromissos financeiros, mas não é obrigatório. Portanto, é você quem deve analisar a sua realidade financeira para decidir se é melhor contratar ou não. Leve em conta sua saúde e resiliência financeira, avalie se você possui uma boa reserva de emergência, considere os riscos e opções e opte, então, por aquilo que melhor se encaixe em seu perfil.

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