Ter um carro é o sonho de muita gente, mas já parou para pensar qual é a sua motivação para comprar um? Em geral, as pessoas expressam diferentes razões quando são convidadas a explicar a decisão de adquirir um automóvel. Listamos a seguir as mais comuns. Veja se você se identifica com alguma delas:
1 - “Preciso me deslocar várias vezes ao dia para trabalhar”
2 - “Não há transporte coletivo de qualidade perto do meu trabalho”
3 - “Quero ter facilidade para sair nos finais de semana”
4 - “É mais confortável, principalmente, para quem tem filhos”
5 - “O carro dá mais liberdade para ir onde quiser, quando quiser”
Qualquer que seja a sua motivação, antes de fazer o investimento, é importante identificar se há alternativas mais favoráveis para o seu bolso. E, principalmente, se essa é a prioridade para você e sua família, considerando o que você planeja para o futuro.
Além do aspecto financeiro, que é relevante, automóveis têm um custo ambiental. Emitem gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global do planeta e outros poluentes prejudiciais à saúde e à qualidade de vida.
Por isso, nesse Dia Mundial Sem Carro, a proposta é refletir sobre essa escolha. Comece conhecendo a história da Laís.
E traz mesmo! Além do dinheiro para comprar o veículo, é preciso considerar o custo do combustível, manutenção, seguro, IPVA e estacionamento, já que em muitos locais não é possível parar na rua. É necessário levar em conta, também, a depreciação. Uma estimativa feita pela Revista Exame mostra que, em um ano, esses itens somados podem representar até 40% do preço do carro. Se financiar a aquisição, o que significa pagar juros, o valor pode ser bem maior.
Um bom jeito de dimensionar o quanto o automóvel vai custar para você é estimando a quantidade de dias que você precisa trabalhar para pagar o veículo e as despesas que ele gera. Para fazer as contas, divida o valor de seu salário líquido, que você efetivamente recebe, por 20 (número de dias trabalhados). Se ganha R$ 3.000,00 líquido, sua renda diária é de R$ 150,00.
Para comparar, faça as contas do gasto com o carro usando a usando a mesma base de cálculo da Exame. Se você comprar um carro de R$ 35 mil, dando uma entrada e assumindo prestações de R$ 500,00 por mês, sua despesa com o veículo será de R$ 43,56 por dia. Ou seja, você irá trabalhar quase um terço do mês para bancar o carro. Vale a pena?
Lembre-se: Mesmo parado na garagem, o carro precisa de manutenção, está tão sujeito a problemas quanto um carro que você usa regularmente e custa quase o mesmo.
Menos poluição e mais saúde
Fizemos os cálculos da poluição emitida (medida em CO2 equivalente), gastos de calorias e de dinheiro em diferentes meio de locomoção. Como referência, consideramos o percurso que a Laís costuma fazer diariamente para ir ao trabalho, que é de 25 km. Veja:
O carro é mais rápido?
Nem sempre. Com o engarrafamento, que faz parte do cotidiano de grande parte das cidades brasileiras, você pode demorar mais tempo indo ao trabalho de carro do que de bicicleta. Além disso, no fretado ou transporte coletivo você tem a chance de aproveitar o tempo que fica no trânsito para fazer um curso online ou pôr a leitura em dia, por exemplo.
É possível compartilhar
Mesmo quem trabalha em um local onde faltam opções de transporte coletivo ou quem faz viagens frequentes pode viver sem automóvel próprio. Hoje, com as redes sociais, não é difícil encontrar alguém que trabalhe e more nas mesmas regiões que você.
Outra boa alternativa são os serviços de uso compartilhado de automóveis. O WiiMove é um site de caronas que integra colaboradores de empresas em todo o Brasil. O BlaBlaCar é especializado em caronas para viagens. E o Uber oferece a opção de dividir o carro com alguém que vai fazer a mesma rota. Para conhecer outras opções de empresas que prestam esses serviços, entre no site Consumo Colaborativo.