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Você e o banco

O papel dos bancos na sociedade

Praticamente todas as transações financeiras que fazemos no dia a dia passam pelos bancos. Eles podem ser públicos ou privados, ter pontos físicos de atendimento à população, ser 100% digitais ou dedicados a investimentos e têm um papel relevante no desenvolvimento econômico da sociedade. Os bancos intermediam as trocas financeiras, impulsionando o desenvolvimento econômico e social.

Eles têm 3 papeis principais:

  1. Guardar e rentabilizar o dinheiro dos poupadores: apoiando pessoas e empresas que gastam menos do que ganham e desejam fazer seu dinheiro render.
  2. Financiar o investimento e o consumo por meio da concessão de crédito: apoiando pessoas e empresas que, por um determinado período, vão precisar de mais dinheiro do que ganham.
  3. Disponibilizar meios de pagamentos e recebimentos: agilizando e dando segurança às trocas financeiras entre pessoas, empresas e governos, por meio de produtos como cartões de débito e crédtio, serviços de pagamento, transferências, depósitos, câmbio, etc.

Todas essas operações são reguladas e monitoradas pelo Banco Central do Brasil, garantido a segurança e o bom uso do sistema financeiro.

Produtos e serviços bancários

Os bancos colocam à disposição de seus clientes linhas para financiar bens como o carro ou um imóvel, a compra de mercadorias e serviços, a realização de projetos pessoais e de negócios e a reorganização financeira. Cada uma delas tem características próprias, que influenciam as taxas de juros. Veja as dicas de uso de algumas dessas linhas. Para saber mais sobre o assunto, leia: linhas de crédito e financiamentos bancários.

Cheque especial Crédito rotativo pré-aprovado disponível na conta corrente. Pode ajudar naquela emergência, em que você não tem outro recurso e precisa de dinheiro na hora para resolver um problema mais grave. Evite recorrer a ele para pagar coisas do dia a dia. Mais dicas para usa bem o cheque especial? Clique aqui.

Cartão de crédito Pode ser um aliado do controle financeiro, possibilitando centralizar os pagamentos em uma única data, ter até 40 dias para pagar e parcelar compras sem juros. Usar o rotativo, contudo, só em situações excepcionais! Veja 10 jeitos de não se enrolar no cartão.

Segurança bancária

Os bancos e as empresas de modo geral investem muito dinheiro para aumentar a segurança de seus dados e de seus clientes. Mas todos nós precisamos fazer a nossa parte na prevenção de golpes que ocorrem principalmente no uso da internet e das redes sociais. Veja algumas dicas.

Projeta a sua senha

A senha dá acesso à sua conta bancária, permitindo que você utilize seu cartão de débito ou crédito com toda a segurança necessária. E, por isso, deve ser usada exclusivamente por você e mantida em segredo. Em nenhuma situação você deve fornecer sua senha, nem mesmo a funcionários de bancos. Memorize-a e, quando for preciso anotar, nunca guarde o papel junto ao cartão. Nunca digite sua senha em computadores ou telefones de outras pessoas.

Mais buscados de A - Z

Ações

Pedaços que te fazem sócio de uma empresa

Imagine uma empresa repartida em muitos e pequenos pedaços, como bolo ou pizza: cada fatia representa uma ação. A ação é uma fração do capital social de uma empresa.

Quando você compra ações, que são negociadas na bolsa de valores, você se torna sócio daquela companhia. Se ela tiver lucro e se valorizar, você ganha; se tiver prejuízo, você perde.

Antes de comprar uma ação, é preciso conhecer os valores que norteiam aquele negócio. Afinal, não ficamos sócios de quem não confiamos, certo? E nem pensar em aplicar o dinheiro da reserva de emergência em ações. Elas podem ser vendidas a qualquer hora, mas se você precisar do dinheiro quando o preço da ação cair, pode ficar sem boa parte dele.

Ações ordinárias (ON). Já ouviu falar?

As ações ordinárias são conhecidas pela sigla ON e, se você tem ações, saiba que o tipo ON é identificado pelo número 3 no final do código da ação.

As ações ordinárias dão direito à participação na gestão da empresa, ou seja, dão ao investidor poder de voto durante as assembleias de acionistas, que costumam definir os rumos dos negócios.

Essa participação é proporcional ao volume de ações compradas pelo acionista: quanto mais ações ordinárias ele tiver, maior o poder de decisão terá dentro da empresa. Quem detém a maioria das ações ON de uma empresa (o acionista majoritário) possui, portanto, o controle sobre ela.

Outro diferencial desse tipo de ação é a troca nesse controle, ou seja, quando alguém compra a maioria das ações ON, a empresa passa para novas mãos. Nesse caso, o novo controlador é obrigado a ofertar aos minoritários que possuem ações ON a compra de seus papéis por um preço que corresponda a pelo menos 80% do valor que eles pagaram na aquisição.

Essa prática, chamada no mercado de tag along, é uma forma de proteger os acionistas minoritários, afinal, eles podem não concordar com a troca da gestão. Empresas que adotam as melhores práticas de governança corporativa costumam operar com tag along de 100%.

Ações preferenciais (PN). Não dão direito a voto, mas pagam dividendos antes

As ações preferenciais nominativas (PN) não permitem nenhum tipo de participação nas decisões da empresa, pois não dão direito a voto nas assembleias de acionistas. Em compensação, quem compra esse tipo de ação tem preferência na distribuição dos dividendos.

Essa preferência pode se dar tanto com um percentual maior na distribuição do lucro quanto prioridade na hora de receber o reembolso do dinheiro investido no caso de uma falência, por exemplo. Ou seja: como não participam das decisões, os acionistas que possuem ações preferenciais podem receber mais e mais rápido que os acionistas que possuem ações ordinárias.

Ativos financeiros

Um título que você pode comprar, vender e emprestar

Um ativo financeiro é qualquer tipo de "bem" ou "papel" que pode ser negociado no mercado financeiro, gerando lucro para quem o possui.

Pode ser uma ação (pequenas partes do capital de uma empresa negociadas na Bolsa de Valores), títulos públicos (títulos emitidos pelo governo quando ele vai ao mercado pedir dinheiro emprestado - um exemplo de título público é o Tesouro Direto) ou títulos privados (são os títulos emitidos por empresas, como as debêntures, ou instituições financeiras, como CDBs ,LCIs e LCAs).

Em todos os casos, quem possui esses ativos financeiros tem a expectativa de receber algum tipo de lucro no momento em que for vendê-los. Em alguns casos, como no CDB, esse lucro já está pré-determinado. Em outros, como no caso das ações, o valor a receber na venda varia de acordo com as movimentações do mercado e pode até mesmo envolver perdas.

Banco Central - Bacen

O banco que cuida da economia brasileira
Bacen é sigla do Banco Central do Brasil, também conhecido como BC ou BCB. Por suas funções, o Banco Central é considerado o "Banco dos Bancos". Entre suas principais missões estão a regulamentação e a promoção do desenvolvimento do sistema financeiro no país e a regulação do volume de dinheiro e de crédito que circula na economia.
 
Com esse trabalho, o Bacen cumpre seus objetivos de manter a estabilidade da nossa moeda e garantir um sistema financeiro sólido e eficiente atuando no país. Saiba mais.

BDR - Brazilian Depositary Receipt

A sua chance de investir fora do Brasil

O BDR é uma opção para brasileiros interessados em investir em empresas estrangeiras sem muitas burocracias. Como o nome indica, esse ativo, negociado na bolsa de valores brasileira, é um recibo que representa ações emitidas por empresas listadas em bolsas de outros países – como a NASDAQ, dos Estados Unidos.

Ou seja: o investidor não compra as ações diretamente; ele compra a posse de ações. Quem faz a ponte nessa transação são as instituições financeiras, que emitem os BDRs e cumprem o papel de "custodiante" dessas ações.

Capital aberto

A empresa que vende ações em bolsa

Empresas de capital aberto são as empresas que abrem suas ações para que sejam negociadas por investidores. Isso significa que qualquer interessado em participar da empresa poderá negociar a compra de uma ou várias frações dela - esses pedacinhos da empresa são chamados de "ações".

A compra e venda de ações acontecem na bolsa de valores e o preço varia de acordo com os movimentos do mercado. Quando uma empresa abre o seu capital, ela geralmente está buscando novas fontes de recursos.

Afinal, quanto mais investidores aparecerem interessados na empresa, mais recursos ela conseguirá captar para financiar suas atividades e viabilizar planos de expansão, por exemplo. Em troca, ela precisa fazer uma boa gestão, de forma a valorizar cada vez mais suas ações e, assim, remunerar bem seus investidores, criando um ciclo sustentável de crescimento.

Carteira de investimentos

Ela cabe no bolso de qualquer pessoa

Criar uma carteira de investimento é a forma que as pessoas encontraram para diversificar os seus investimentos. Vamos supor que você tem uma quantidade de dinheiro investido em um fundo, outra num CDB e mais um tanto em previdência, por exemplo.

Todas estas aplicações juntas formam a sua carteira. Conforme você vai conhecendo os diferentes tipos de investimentos e o seu perfil de investidor, mais preparado você fica para fazer ajustes periódicos na sua carteira.

Assim, com o tempo você pode chegar a uma combinação que envolva aplicações mais rentáveis e aplicações que mantenham seu dinheiro protegido das variações do mercado.

Cashback

Tem dinheiro de volta no seu cartão?

Termo em inglês para "dinheiro de volta". Utilizado como uma estratégia de promoção, com o cashback você recebe de volta uma parte do valor da sua compra.

No início, isso só era possível quando a compra era feita com um cartão de crédito, mas agora já existe cashback para gastos no cartão de débito, pagamento de contas, compras em lojas virtuais e até para o recebimento de restituições do Imposto de Renda ou auxílios do governo.

CDB - Certificado de Depósito Bancário

Quando você empresta dinheiro para o seu banco

O CDB é um investimento de renda fixa muito procurado por quem quer proteger o valor investido e ter a possibilidade de sacar o valor ou parte dele a qualquer momento. Os CDBs são títulos emitidos pelas instituições bancárias quando querem captar dinheiro, ou seja, ao investir em CDB você está emprestando dinheiro para o banco.

Em troca, no momento da compra eles oferecem uma rentabilidade pré-fixada, geralmente atrelada a um percentual do CDI. Em alguns casos, quanto mais tempo o dinheiro fica investido, maior será a rentabilidade oferecida.

O CDB é bastante seguro porque conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que, caso a instituição financeira vá à falência, o investidor tem a garantia de receber o seu dinheiro de volta, limitado a R$ 250 mil.

CDI - Certificado de Depósito Interbancário

Vai aplicar em CDI? Vai não...

O CDI é o nome dos empréstimos que os bancos fazem entre si para fechar o dia com saldo positivo. Se um banco tem mais dinheiro em caixa, ele empresta a outro que está com o caixa baixo.

A taxa do CDI, que baliza essas operações, é usada para rentabilizar investimentos, principalmente, de curto prazo. Quando a aplicação rende 100% do CDI, por exemplo, significa que ela paga a taxa cheia do CDI, que é sempre bem próxima da taxa de juros básica da economia (Selic).

Vale reforçar: o CDI não é uma aplicação, é um índice. Portanto, você não investe em CDI, mas em algum produto com remuneração atrelada a este índice.

CET - Custo Efetivo Total

Não faça dívidas sem saber o que esta sigla significa!

Assim como o preço do feijão, que muda de um mercado para outro, os empréstimos e financiamentos também têm preços diferentes. E, acredite, vale a pena comparar as taxas de juros e tarifas antes de contratar.

Para ajudar os consumidores nessa comparação entre diferentes produtos de diferentes instituições financeiras, o Conselho Monetário Nacional criou o Custo Efetivo Total (CET). O CET é a taxa que corresponde à soma de todos os encargos e despesas incidentes em operações de crédito ou arrendamento mercantil para pessoas, microempresas ou empresas de médio porte.

Pode acontecer, por exemplo, de o banco X cobrar uma taxa de juros mais baixa, mas exigir uma tarifa de cadastro. Já no banco Y, a taxa de juros pode ser maior, mas o cadastro é isento de tarifas. Comparando o CET de cada opção você poderá tomar a melhor decisão para o seu bolso.

CRA - Certificado de Recebíveis do Agronegócio

Já pensou em emprestar dinheiro para o agronegócio?

Assim como a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), o CRA é uma maneira de captar recursos privados para financiar a produção agrícola. Em troca desse empréstimo, o emissor do CRA promete ao investidor uma determinada rentabilidade atrelada a índices como CDI, dólar ou IPCA.

Entre as suas grandes vantagens está o fato de ser um investimento isento de Imposto de Renda (para pessoas físicas) e IOF (para as pessoas físicas e jurídicas), ou seja, não haverá nenhum desconto em cima da rentabilidade.

Outra vantagem é o investimento mínimo baixo, o que torna o CRA bastante acessível. A principal diferença entre LCA e CRA é que, enquanto a LCA é emitida apenas por bancos, o CRA é emitido por securitizadoras.

Por isso, ele não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que há maior risco envolvido nesse tipo de operação - caso um devedor não pague à securitizadora o valor emprestado, por exemplo.

Para escolher um CRA, o investidor deve avaliar bem os riscos envolvidos, o tempo em que o dinheiro permanece investido sem possibilidade de resgate (geralmente longo) e as opções de rentabilidade oferecidas.

CRI - Certificado de Recebíveis Imobiliários

Já pensou em emprestar dinheiro para o mercado imobiliário?

Assim como a LCI (Letra de Crédito do Agronegócio), o CRI é uma maneira de captar recursos privados para financiar o mercado imobiliário. Em troca desse "empréstimo", o emissor do CRI promete ao investidor uma determinada rentabilidade atrelada a índices como CDI, dólar ou IPCA.

Entre as suas grandes vantagens está o fato de ser um investimento isento de Imposto de Renda (para pessoas físicas) e IOF (para as pessoas físicas e jurídicas), ou seja, não haverá nenhum desconto em cima da rentabilidade.

Outra vantagem é o investimento mínimo baixo, o que torna o CRI bastante acessível. A principal diferença entre LCI e CRI é que, enquanto a LCI é emitida apenas por bancos, o CRI é emitido por securitizadoras.

Por isso, ele não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que há maior risco envolvido nesse tipo de operação - caso um devedor não pague à securitizadora o valor emprestado, por exemplo.

Para escolher um CRI, o investidor deve avaliar bem os riscos envolvidos, o tempo em que o dinheiro permanece investido sem possibilidade de resgate (geralmente longo) e as opções de rentabilidade oferecidas.

Debênture

Quando você empresta seu dinheiro para uma empresa

Quando uma empresa precisa captar dinheiro no mercado de capitais – seja para investir em projetos, pagar dívidas ou simplesmente aumentar seu capital – ela pode emitir títulos de dívidas chamados debêntures.

A debênture, portanto, é uma parcela de dívida que empresas distribuem em forma de ativos. Em troca, quem compra esses títulos recebe uma remuneração, geralmente atrelada a uma taxa acordada no momento da transação, que pode ser IPCA, CDI ou Dólar, por exemplo.

Essa taxa de rentabilidade fixa é mantida até a data de vencimento da debênture – isso significa que estamos falando de um investimento de renda fixa.

Na prática, quem investe em debênture empresta dinheiro para a empresa, que por sua vez remunera o investidor de acordo com o tempo que ele deixou esse dinheiro disponível para o negócio.

Débito automático

Um jeito fácil de manter os boletos em dia

O débito automático é um serviço oferecido pelos bancos para facilitar a vida dos clientes na hora de pagar as contas. Com esse serviço, em vez de pagar mensalmente cada boleto, o cliente faz um cadastro e o valor do pagamento é debitado automaticamente, no dia do vencimento.

É um jeito ótimo de evitar atrasos por esquecimento. Quando o consumidor usa esse serviço, os únicos cuidados que ele precisa tomar são:

  • sempre manter saldo em conta para cobrir os pagamentos

  • conferir se a cobrança foi feita corretamente

O cadastramento no serviço deve ser feito pelo próprio consumidor, que depois pode ser suspenso ou cancelado.

Fundo de Investimentos

Um jeito de diversificar suas aplicações com menos esforço

Fundos de investimento são uma alternativa para quem quer diversificar os investimentos sem precisar ficar gerenciando o tempo todo a alocação dos recursos.

Nos fundos, um grupo de pessoas (os cotistas) se reúne para investir coletivamente, delegando para um profissional qualificado a responsabilidade pela gestão - no mercado, esses gestores são chamados de “asset”, que são empresas devidamente registradas na CVM para exercer essa função. Cabe ao gestor tomar todas as decisões relacionadas à rentabilidade do dinheiro.

Para facilitar o exemplo, imagine o fundo como uma caixinha onde cada integrante coloca uma parte de seu dinheiro (a chamada "cota"). Para fazer parte da turma, você geralmente precisa entrar com um valor mínimo.

O gestor do fundo fica responsável pela gestão do dinheiro e recebe, pelo seu trabalho, uma taxa de administração paga pelos membros cotistas, que compartilham os custos operacionais. Alguns fundos também cobram a chamada “taxa de performance” ou taxas de entrada e de saída do fundo. É bom ficar de olho nessas taxas, pois elas impactam a rentabilidade final.

Cada fundo tem sua própria carteira de ativos, com diferentes perfis, objetivos e prazos de aplicação. Por isso, antes de qualquer coisa é fundamental ler os prospectos e entender qual fundo é o mais adequado para o que você busca.

Veja como os fundos se organizam, de acordo com a classNameificação da Anbima:

Fundos de renda fixa: são aqueles que buscam retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa públicos ou privados, como Tesouro DiretoCDBLCALCI e Debêntures.

Fundos de ações: são fundos cuja carteira possui, em sua maioria, ativos de renda variável como ações, cotas de outros fundos de ações e BDRs.

Fundos multimercados:  são fundos que envolvem diferentes tipos de ativos, sem o compromisso de concentração em nenhum ativo em especial. Essas carteiras podem conter, ao mesmo tempo e em diferentes proporções, títulos de renda fixarenda variável e moedas. Podem ser fundos muito ou pouco diversificados.

No site "Como investir" da Anbima você encontra uma explicação completa sobre os Fundos de Investimento.

FGC - Fundo Garantidor de Crédito

Uma segurança extra para os investimentos de renda fixa

Imagine você manter seus investimentos em um banco e, seja por problemas de gestão ou graves crises no sistema financeiro, esse banco falir. A primeira reação de qualquer correntista ou investidor seria correr para resgatar rapidamente o máximo que puder, certo?

É para evitar esse tipo de situação e ressarcir eventuais perdas dos clientes que existe o FGC, o Fundo Garantidor de Crédito.

Essa instituição sem fins lucrativos foi criada em 1995 para apoiar a estabilidade do sistema financeiro do país e proteger correntistas e investidores em casos de intervenção ou liquidação das instituições financeiras associadas. Para isso, o FGC garante o pagamento de determinados investimentos, incluindo a rentabilidade, de acordo com os seguintes limites:

  • Até R$ 250 mil por CPF/CNPJ e por conglomerado financeiro

  • Até R$ 1 milhão por CPF/CNPJ, considerando todas as insitituiçòes onde o investidor mantem seu dinheiro.

Esse teto é válido por 4 anos, contados a partir da data de intervenção ou liquidação da instituição financeira. Passado esse período, o teto é restabelecido. Algumas das aplicações cobertas são Poupança, CDB, LCI/LCA, Letras de Câmbio e Letras Hipotecárias, Poupança. Para ver a lista completa acesse o site do FGC.

DDA - Débito Direto Autorizado

Todos os seus boletos na tela do celular ou computador

Para os mais jovens, que já nasceram num mundo digitalizado, este serviço pode até parecer óbvio. Mas para os mais antigos, que passaram anos pegando filas para pagar suas contas nos caixas de agências bancárias, o DDA – Débito Direto Autorizado – é uma grande inovação.

Isso porque ele permite que os boletos sejam enviados para pagamento eletronicamente, evitando o envio físico pelo correio. Tanto pessoas quanto empresas podem se cadastrar para usar esse serviço.

Feito o cadastro, os boletos são disponibilizados diretamente pelos canais eletrônicos do seu banco, como o internet banking, aplicativos de celular ou caixas eletrônicos. Caso você seja responsável pelo pagamento de contas que venham no nome de filhos, pais ou cônjuge, por exemplo, não tem problema.

Basta que o “sacado” original faça a autorização. Além de facilitar a vida de quem paga as contas, o DDA ajuda a reduzir o consumo de papel e o transporte de correspondências, duas atividades de alto impacto ambiental.

Para saber mais acesse esta cartilha preparada pela Febraban.

Inadimplência

É melhor evitar que remediar

A inadimplência acontece quando a gente deixa de pagar alguma conta, fatura, empréstimo ou financiamento até a data de vencimento. Ou seja: é quando a gente atrasa um pagamento. Situação bastante comum entre os brasileiros, a inadimplência gera impactos relevantes nas famílias, nas empresas e até mesmo na economia do país.

Vamos pegar um pequeno exemplo: quando um dos moradores de um prédio atrasa o condomínio, os pagamentos assumidos coletivamente pelos condôminos, como o salário de funcionários e a manutenção das áreas compartilhadas, ficam comprometidos.

Se muitos moradores atrasam os pagamentos com frequência, o valor do condomínio sobe, pois os demais precisam arcar com os custos dos que não pagam. Outra consequência pode ser a precarização da manutenção do prédio ou a demissão de funcionários essenciais.

Agora leve esse exemplo para um país como o Brasil, onde mais de 20% das famílias têm dívidas ou contas em atraso. Além de todas as dificuldades que o brasileiro inadimplente vive dentro de casa – queda na qualidade de vida, suspensão do acesso ao crédito, estresse, ansiedade, etc. – a alta inadimplência faz com que as lojas e bancos elevem a previsão risco de não recebimento de pagamentos.

Isso faz com que eles adotem medidas de prevenção, buscando evitar que a inadimplência prejudique a saúde financeira do negócio. Uma dessas medidas é o aumento dos juros, o que consequentemente dificulta o acesso ao crédito, criando um círculo bastante ruim para a economia do país.

Inflação

Você vê em todo lugar e ela mexe com o seu bolso

Inflação é o aumento contínuo e generalizado de preços dos principais produtos consumidos pelas famílias e empresas em determinado período.

A inflação é medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), que produz dois dos mais importantes índices de preços: o IPCA, que é o índice oficial de inflação ou deflação, e o INPC, que acompanha a inflação ou deflação vivenciada especificamente por famílias com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos.

Esses índices compõem basicamente o custo médio de vida de uma família brasileira. A inflação pode ter diferentes causas. Entre elas estão a inflação de demanda (quando a população está consumindo muito e, por isso, o preço sobe) e a de custos (quando, por exemplo, o preço da energia, da gasolina ou de matérias-primas sobem, elevando o preço dos produtos).

Para quem se lembra dos tempos em que o Brasil sofreu com uma inflação fora de controle, entre os anos 80 e 90, é fácil saber da importância deste indicador econômico. Naquela época, quando o trabalhador recebia o seu salário, precisava correr para fazer o supermercado porque os preços subiam a cada dia.

O impacto no processo inflacionário é sentido diretamente no bolso dos consumidores, que perdem seu poder de compra, ou seja, eles já não conseguem comprar a mesma quantidade de produtos que compravam anteriormente.

IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo

O índice que acompanha a inflação

O IPCA, sigla para Índice de Preços para o Consumidor Amplo, é o índice brasileiro oficial que mede a inflação ou deflação na nossa economia.

Medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o IPCA identifica mensalmente a variação dos preços de produtos básicos no comércio e sintetiza o resultado em um indicador.

Esse indicador reflete o custo de vida médio de famílias brasileiras com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos.

Além de ser utilizado pelo governo federal como referência para as metas de inflação e para as alterações na taxa Selic, o IPCA é bastante usado na correção de investimentos de renda fixa como o Tesouro Direto.

Esse índice também é essencial para que os investidores avaliem a rentabilidade de suas aplicações. Afinal, se a rentabilidade estiver menor que a inflação é sinal que, em vez de rentabilizar, você está perdendo dinheiro. No site do IBGE você encontra um vídeo que explica o IPCA de forma bem didática.

INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor

O vai-e-vem da economia traduzido em número

Assim como o IPCA, o INPC, sigla para Índice Nacional de Preços ao Consumidor, mede a inflação ou deflação na nossa economia, acompanhando mensalmente a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população.

A diferença está na amplitude desse acompanhamento: enquanto o IPCA olha para o custo de vida de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, o INPC abrange famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos.

Dessa forma, é possível avaliar o impacto das variações de preços entre os cidadãos mais sensíveis à inflação. Como as famílias dessa faixa de renda tendem a gastar todo o seu orçamento em itens básicos, como alimentação, medicamentos e transporte, qualquer alteração pode colocá-las em uma situação de maior vulnerabilidade social.

No site do IBGE você encontra um vídeo que explica o INPC de forma bem didática.

IPO - Oferta pública inicial de ações em bolsa

O primeiro passo da empresa dentro da bolsa de valores

Quando uma empresa decide abrir o seu capital, ou seja, lançar parte de suas ações no mercado para que sejam negociados por investidores, a empresa faz um IPO - Inicial Public Offering, em inglês, ou Oferta Pública Inicial, em português. Essa operação pode ocorrer por meio de uma distribuição primária, de uma distribuição secundária ou de uma combinação entre as duas.

Na distribuição primária, é a empresa quem está vendendo novas ações ao mercado e o dinheiro vai direto para o caixa dela. Já na distribuição secundária, são os atuais sócios que vendem parte de suas ações e são eles que recebem os recursos.

O IPO é um evento muito importante dentro de uma empresa, em que ela deixa de ser uma companhia Limitada e passa a ser uma Sociedade Anônima (S.A.), permitindo que os investidores se tornem sócios do seu negócio.

Para chegar a esse momento, a empresa investe em um longo processo interno de preparação, que envolve desde mudanças em sua governança e modelo de negócio até em sua estrutura de comunicação e transparência. Quando bem conduzido, todo esse esforço faz com que o interesse dos investidores desperte e atraia uma grande injeção de capital para a empresa.

Juros

A remuneração paga a quem empresta dinheiro

Pilha de moedas

Juros é o valor que uma pessoa ou instituição recebe ao emprestar dinheiro. Fazendo uma analogia, os juros funcionam mais ou menos como um aluguel: o tomador (aquele que pega o dinheiro emprestado) usa o dinheiro por um tempo e, em troca, paga um determinado valor para o credor (aquele que empresta o dinheiro).

O valor corresponde a um percentual (%) do valor emprestado, que é cobrado ao longo do período em que o tomador estiver utilizando o dinheiro. Essa taxa é calculada de diferentes formas, mas vamos simplificar neste exemplo para que você entenda o conceito: vamos supor que você pegou R$ 1.000 emprestado, com uma taxa de juros de 1% ao mês. Depois de 1 mês usando o dinheiro, você terá que devolver os R$ 1.000 + 1%. Ou seja: R$ 1.000 + R$ 10 = R$ 1.010.

Vamos entender agora a diferença entre juros simples e juros compostos:

  • Juros simples: a base de cálculo é sempre o montante inicial emprestado. Partindo do exemplo acima, se em vez de 1 mês o tomador usar o dinheiro por 5 meses, teríamos um acréscimo de R$ 10 por mês. Ou seja: R$ 1.000 + (R$ 10 x 5) = R$ 1.050.

  • Juros compostos: neste caso, há o chamado efeito de "juros sobre juros", que vai aumentando a base de cálculo a cada mês que passa. No longo prazo, os juros compostos fazem com que a dívida aumente mais rapidamente. Partindo do mesmo exemplo anterior, no qual pegamos R$ 1.000 emprestados a uma taxa de 1% ao mês ao longo de 5 meses:

                Após 1 mês: R$ 1.000 + 1% (R$10) = R$ 1.010

                Após 1 mês: R$ 1.000 + 1% (R$10) = R$ 1.010

                Após 1 mês: R$ 1.000 + 1% (R$10) = R$ 1.010

No caso de pagamentos em atraso, pode haver também o juros de mora, uma taxa adicional que incide sobre o valor da dívida durante o período de atraso.

Vale comentar que essa mesma lógica pode ser aplicada tanto para os diferentes tipos de crédito quanto para os investimentos. Olha só:

  • Quando uma instituição financeira realiza empréstimos ou financiamentos para seus clientes, ela cobra juros ao longo de todo o período em que o dinheiro permanecer emprestado.

  • Quando um investidor compra ativos no mercado financeiro, em troca, ele recebe um percentual (%) pelo período em que o dinheiro fica investido. Nesse caso, em vez de "taxa de juros" temos a chamada "taxa de rentabilidade".

Negativação

O que significa estar negativado

Negativação é um recurso que as empresas têm para recuperar perdas causadas por inadimplência. Para aumentar suas chances de ter a dívida paga, as empresas recorrem aos órgãos de proteção ao crédito solicitando a inclusão do CPF ou CNPJ do devedor na lista de inadimplentes.

Dessa forma, essa pessoa ou empresa fica impedida de contratar novos créditos ou abrir novas contas bancárias até o pagamento da dívida em atraso, dentro do limite de 5 anos. É o famoso "ficar com o nome sujo", uma situação bastante desagradável tanto para quem deve quanto para quem cobra. Para evitar que isso aconteça, antes da negativação o cliente é contatado e ele tem sete dias para quitar os valores.

Open Banking

Todas a sua vida financeira em um só sistema

Vamos supor que você recebe o salário por um banco, paga as contas por um aplicativo de pagamentos, tem um financiamento imobiliário em outro banco, o cartão de crédito de uma loja e mantém alguns investimentos em uma corretora. Pesquisar preços, contratar e unificar a visão disso tudo dá um trabalhão, certo?

Agora imagine a possibilidade de conectar qualquer produto ou serviço de qualquer instituição financeira em um único sistema, à sua escolha. Isso está sendo viabilizado pelo Open Banking, expressão em inglês para "Banco Aberto".

Criado pelo Banco Central, o Open Banking não é um site nem um aplicativo. É uma padronização de tecnologias que será implementada até o final de 2021 e permitirá que os clientes solicitem o compartilhamento de suas informações entre as instituições financeiras. Com isso, você poderá:

  • Comparar serviços e escolher o melhor para você, sem gastar muito tempo comparando produtos de características diferentes em diversas instituições.

  • Pesquisar taxas e prazos de linhas de crédito semelhantes e contratar a mais vantajosa, sem que para isso seja necessário abrir uma conta corrente em outro banco.

  • Com o surgimento de aplicativos que façam a integração dos diferentes serviços financeiros em uma única ferramenta, será possível monitorar seu dinheiro e fazer suas movimentações em um único lugar.

  • Escolher como, quando e com qual instituição quer compartilhar os seus dados cadastrais. E esse serviço deve ser gratuito!

Para saber mais como esse sistema funciona e seus benefícios veja também o post O que é o open banking e como ele funciona.

Perfil do investidor

Você é agressivo, moderado ou arrojado?

Conhecer o perfil de investidor é o primeiro passo para qualquer pessoa que está começando a investir. Entender sua tolerância a riscos, sua atual situação financeira e momento de vida, seu conhecimento de mercado e, principalmente, seus objetivos, é fundamental para a definição de quais são as aplicações certas para você.

Afinal, a carteira de investimentos de um jovem solteiro em início de carreira tende a ser muito diferente da carteira de um pai ou mãe de família. A carteira de alguém que está começando agora pode (e deve) ser muito diferente de quem já tem anos de experiência.

Isso significa que você pode começar a poupar com um perfil conservador e, com o tempo, colocar parte dos seus investimentos em aplicações mais arrojadas, fazendo uma transição para um perfil moderado. Você pode parar por aí ou ir um pouco além, assumindo um perfil arrojado. Entenda as diferenças entre esses três perfis, segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais):

  • Perfil conservador: um investidor com perfil conservador é aquele que não quer se arriscar muito. Ao aplicar, ele deseja rentabilizar seu dinheiro, porém sem que isso coloque seus recursos em risco de perdas ou que envolva regras complexas que devem ser entendidas e acompanhadas. Esse tipo de investidor geralmente tem planos definidos para o uso do dinheiro, como comprar um carro, fazer uma viagem ou manter um fundo para emergências. Para isso, ele busca boas opções de renda fixa.

  • Perfil moderado: este é um investidor que mantém parte do seu dinheiro em investimentos conservadores e de resgate rápido, mas busca maior rentabilidade aplicando uma outra parte em investimentos com mais risco e menor liquidez. Ao diversificar seus investimentos, ele entende que, nesse tipo de aplicação, os retornos financeiros vêm no médio ou longo prazo.

  • Perfil arrojado: este investidor é experiente e aceita com tranquilidade os riscos de perdas que as aplicações de renda variável trazem. Ele investe com conhecimento, estratégia e segurança, buscando aumentar a rentabilidade e construir patrimônio no longo prazo. Para isso, ele diversifica sua carteira, combinando opções conservadoras (especialmente para aquele dinheiro que será usado no curto prazo ou em caso de emergências), moderadas e arrojadas. Nos investimentos arrojados, ele aplica o dinheiro que não precisará resgatar a qualquer momento, podendo esperar o melhor momento para fazer isso.

PIB - Produto Interno Bruto

Ele contabiliza o quanto um país produziu

Ao contrário do que muita gente pensa, o PIB não corresponde ao total da riqueza de um país. Na definição do IBGE, o PIB "é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano".

Para entender o que são "bens e serviços finais", vamos imaginar uma cidade que, ao longo de um ano, produziu trigo, farinha de trigo e pão. Com essa produção, a cidade fez a seguinte movimentação:

  • O trigo produzido foi vendido a R$ 100,00

  • Com esse trigo, foi possível produzir e vender R$ 200 de farinha

  • Com essa farinha, foi possível produzir e vender R$ 300 de pão

O PIB dessa cidade no ano será de R$ 300. Ao contabilizar apenas o valor do produto final (que no nosso caso é o pão), é evitada a dupla contagem dos insumos usados nessa produção (no nosso caso, o trigo e a farinha).

Embora muito importante para compreender a evolução ou retração da atividade econômica de um país, o PIB não permite compreendermos outros aspectos importantes para as pessoas que nele vivem - como distribuição de renda, nível de liberdade, qualidade de vida e acesso à educação e saúde.

Portabilidade de Salário

Leve o que você ganha para o banco com o qual você quer trabalhar

Criada para dar mais liberdade de escolha ao consumidor, a portabilidade de salário permite que o empregado solicite a transferência automática do dinheiro depositado na conta-salário aberta pelo empregador para qualquer outra conta que ele já tenha.

Essa solicitação pode ser feita tanto à instituição onde o salário é pago quanto à instituição onde o cliente vai movimentar seu dinheiro, sem cobrança de tarifas. Esse procedimento deve ser feito apenas uma vez.

Desde 2018, além de fazer a portabilidade do salário para outra conta corrente ou conta poupança de mesma titularidade, é possível solicitar a transferência para uma conta de pagamento em instituições regulamentadas pelo Banco Central.

Renda Fixa

O investimento que avisa o quanto você pode ganhar

As aplicações de renda fixa têm esse nome porque o investidor sabe, com antecedência, como será calculada a sua remuneração.

Ao aplicar em títulos desse tipo, na prática você está emprestando dinheiro para quem o emitiu, que pode ser o governo (ex.: tesouro direto), um banco (ex.: CDB) ou uma empresa (ex.: debêntures). Em troca, o emissor vai devolver esse dinheiro acrescido de juros, de acordo com o tempo em que o dinheiro ficou investido.

É importante lembrar que essa remuneração está atrelada a um indicador variável, como a taxa Selic ou o CDI. Há, ainda, algumas opções que remuneram mais quem mantém o dinheiro investido por mais tempo. Em outras, o dinheiro não pode ser resgatado a qualquer momento. E, em outras, não há incidência de impostos sobre a rentabilidade, o que eleva os ganhos do investidor. Portanto, embora o universo da renda fixa seja bem indicado para clientes de perfil conservador, é necessário conhecer bem as opções e escolher a mais indicada em cada situação.

Outro diferencial da renda fixa é que a maioria das operações são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que protege o investidor em caso de perdas - uma possibilidade que existe em qualquer tipo de aplicação

Renda variável

O investimento que permite melhores ganhos, mas com mais risco

Ao contrário da renda fixa, nos investimentos de renda variável não é possível prever qual será a rentabilidade de sua aplicação.

Isso acontece porque, nesta categoria de investimentos, onde o ativo mais comum são as ações, a rentabilidade depende de uma série de fatores que podem, no final das contas, não se concretizar. Entre esses fatores estão, por exemplo, o desempenho da empresa que emite as ações, as expectativas para o setor em que ela atua e o cenário político e econômico do país.

Veja este exemplo: no início de 2020, o Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores brasileira, vinha se mantendo estável. A partir do final de fevereiro, bolsas do mundo inteiro despencaram, refletindo a preocupação dos mercados com o avanço da pandemia de covid-19 pelo mundo - em 23 de março de 2020, o Ibovespa chegou a acumular desvalorização de 45% em relação ao início do ano. Mas a partir do segundo semestre, com os resultados positivos das vacinas contra o coronavírus, as bolsas foram retomando o patamar anterior à pandemia.

Esse vai e vem do mercado faz com que, em geral, quem aplica em renda variável mantenha parte do seu dinheiro protegido em investimentos de baixo risco e parte distribuída entre diferentes tipos de ativos de renda variável. Fazendo isso, esses investidores estão reduzindo o impacto de eventuais perdas e buscando melhores ganhos no longo prazo.

Para investir em renda variável você não precisa necessariamente abrir uma conta em uma corretora para negociar diretamente na bolsa de valores. Existem também diversas opções fundos que possuem ativos desse tipo em suas carteiras.

Score de crédito

Vale a pena melhorar sua pontuação

Desde 2020, tanto as lojas do varejo quanto as instituições financeiras do país têm acesso ao score de crédito dos consumidores, também chamado de "cadastro positivo". Mas você sabe como essa informação impacta a sua vida?

Calculado pelos birôs de crédito, esse score é uma pontuação atrelada ao seu CPF que indica se você é um bom pagador. Essa informação é utilizada no processo de aprovação de empréstimos e financiamentos e pode impactar o valor da taxa de juros a ser paga. Em resumo, a ideia é que, conhecendo melhor o histórico dos consumidores, é possível adequar as ofertas de crédito, premiando com melhores taxas e menor burocracia quem paga todas as contas em dia.

Essa pontuação vai de 0 a 1 mil pontos. Quanto maior a pontuação, melhor você está posicionado. A metodologia de cálculo varia entre os birôs de crédito, mas no geral consideram:

  • seu histórico de pagamento de contas, empréstimos ou financiamentos.
  • o histórico de relacionamento com as instituições financeiras (quanto mais recente, menos informações eles têm sobre você).
  • a quantidade de consultas feitas ao seu CPF (o que pode indicar um alto comprometimento da renda com créditos).

Veja algumas dicas para elevar o seu score e aproveitar os benefícios disso:

  • Manter o nome limpo e não atrasar pagamentos.
  • Manter os dados do cadastro sempre atualizados.
  • Ter contas em seu nome, deixando claro que você possui um endereço fixo.

Lembre-se que o score de crédito é como um processo de construção de confiança. Se a sua pontuação caiu porque você esqueceu de pagar uma conta, pode levar um tempo até que você recupere o status anterior.

Superendividamento

Quando é complicado pagar dívidas e manter o básico

De acordo com o Banco Central, o superendividamento acontece quando uma pessoa não consegue pagar as dívidas acumuladas, nem com a sua renda mensal, nem com o seu patrimônio.

Além de dívidas que crescem a cada dia, essa situação passa a afetar o pagamento das contas do dia a dia, comprometendo até mesmo a capacidade de suprir as necessidades mais básicas, como alimentação, moradia e saúde.

O superendividamento pode acontecer por diversos motivos: a perda do emprego, atraso no pagamento de salários, doença ou morte de alguém da família, divórcio, etc.

Há, ainda, aqueles que acumulam dívidas por maus hábitos no uso do dinheiro: a pessoa não controla os gastos, usa cheque especial ou cartão de crédito como se fossem parte do salário, toma crédito sem avaliar sua real capacidade de pagar as parcelas, etc.

Prevenir é melhor do que remediar, por isso, é sempre bom estar atento aos sinais de alerta para o superendividamento:

  • Gastar mais do que ganha
  • Uso frequente do cheque especial e rotativo do cartão
  • Contas em atraso
  • Mais de 30% do orçamento comprometido com parcelas de empréstimos e financiamento

Se esse for o seu caso, veja aqui algumas dicas para sair dessa situação.

Tarifa bancária

O preço dos serviços prestados pelos bancos

A tarifa bancária é o valor que o banco cobra de seus clientes pelos produtos e serviços que ele disponibiliza.

Quando você usa o cartão de crédito, consulta o extrato, saca dinheiro, faz uma transferência de dinheiro ou conversa com o seu gerente da conta, por exemplo, você está utilizando a infraestrutura física, tecnológica e humana que o banco desenvolve e mantém para que você possa gerenciar seu dinheiro. Junto com o spread bancário, as tarifas cobradas por esses e outros serviços compõem a remuneração dos bancos.

Todas as tarifas devem ser previamente informadas aos clientes. Para as pessoas físicas, há uma lista de serviços mínimos que os bancos devem oferecer a qualquer pessoa que tenha uma conta corrente ou conta poupança. Eles incluem cartão de débito, saques em caixas eletrônicos, transferências entre contas do mesmo banco, extratos e cheques. Veja mais no site do Banco Central.

Selic

A taxa que manda na nossa economia

A taxa Selic é conhecida como "a taxa básica de juros da economia". Essa taxa é super importante, pois qualquer alteração nela impacta desde as decisões de investidores até o volume de dinheiro que circula no país. Isso porque ela é utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação e influencia todas as taxas de juros praticadas no país. Não é à toa que as reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que acontecem a cada 45 dias e definem eventuais alterações na Taxa Selic, são sempre acompanhadas de perto pela imprensa, pelo governo e pelo mercado.

Selic é, na verdade, uma sigla que vem de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. A taxa baliza operações de compra e venda de títulos do Tesouro Nacional negociadas entre o Banco Central e as instituições financeiras. A ideia é que essas negociações ajudem a manter os juros da economia próximos ao valor definido pelo Copom.

Agora vamos entender o impacto de alterações da Taxa Selic na "vida real":

  • Quando a Selic sobe, os juros cobrados em financiamentos, empréstimos e cartões de crédito também sobem. Isso reduz a quantidade de dinheiro circulando no país, pois as pessoas consomem menos. Com menos gente comprando, a inflação tende a cair. No mundo dos investimentos, as aplicações de renda fixa, que têm sua rentabilidade baseada em juros, ficam mais atraentes.
  • Quando a taxa Selic cai, a tendência é que o crédito fique mais barato, o que incentiva o consumo e, consequentemente, a produção. E nesse cenário de aumento de consumo, os preços tendem a subir. Com a queda dos juros, os investidores ganham menos na renda fixa, por isso buscam maior rentabilidade migrando para investimentos em ações, por exemplo.

Em resumo, taxa Selic alta retrai a economia, enquanto taxa Selic baixa aquece a economia.

Renegociação de dívida

O primeiro passo para ajustar as contas

A conta atrasou? Não deu para pagar um boleto? Entrou no rotativo do cartão? Não importa o tamanho da dívida, nem há quanto tempo essa pendência tira o seu sono. Renegociar é o primeiro passo para sair dessa situação e recuperar o acesso ao crédito.

Mas antes de sentar com o seu credor para conversar, é necessário fazer uma lição de casa que, se bem feita, pode mudar sua vida financeira para sempre. Aqui você encontra 10 dicas super importantes para colocar as contas em ordem, quitar as dívidas e criar hábitos financeiros mais saudáveis.

Em resumo, você vai precisar:

  • Levantar todo o histórico de evolução da sua dívida - quanto foi o valor contratado, quais são os juros cobrados e outros custos que estejam sendo cobrados.

  • Analise a sua capacidade de pagamento - olhe para o seu orçamento pessoal e veja quanto poderá destinar ao pagamento das parcelas. Se precisar, faça cortes de despesas.

  • Comece quitando as dívidas de serviços que podem ser cortados, depois renegocie os atrasos de bens que podem ir a leilão ou aqueles que envolvam juros mais altos.

  • Procure a instituição financeira para negociar. Hoje, muitas já oferecem plataformas para que você faça isso de forma totalmente online.

  • Se não for possível chegar a um acordo viável para você, reavalie seu orçamento pessoal ou busque ajuda profissional para a renegociação. Não entre em parcelamentos que você já sabe de antemão que não serão cumpridos.

  • Cobranças constrangedoras, ameaças ou retiradas de dinheiro de outras contas são práticas ilegais.

No final, todo o seu esforço para levar a renegociação adiante será recompensado. Com as dívidas quitadas, você poderá:

  • Assumir o controle sobre sua vida financeira.

  • Recuperar a qualidade de vida e a saúde mental.

  • Começar a investir