De acordo com uma pesquisa divulgada pela Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) 74% dos brasileiros vão destinar o dinheiro do 13° para pagamento de dívidas, isso representa um aumento de 8,8% referente ao ano passado.
Milhões de brasileiros serão beneficiados com esse rendimento adicional: trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos, beneficiários da Previdência Social, os aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios.
Entender os seus direitos nesse momento é importante para cuidar bem do bolso e já começar a se planejar.
Pagamento
A primeira parcela do 13º deve ser paga entre o dia 1º de fevereiro até 30 de novembro. A segunda deve ser paga até o dia 20 de dezembro, tendo como base de cálculo o salário de dezembro menos o valor adiantado na primeira parcela.
Aproveite da melhor maneira
A melhor forma de usar esse dinheiro vai depender da sua situação financeira. Vamos ver a seguir como para cada situação é possível tirar o melhor proveito do seu 13º:
- Endividados
Para quem já está carregando uma dívida não há alternativa melhor do que usar o 13º para reduzir ou eliminar esses débitos. As operações com taxas de juros mais altas, como cheque especial e financiamento de fatura de cartão de crédito devem ter prioridade para serem eliminadas. Se não for possível “zerar” tudo, aproveite para renegociar o saldo em condições melhores, tanto em termos de taxa como prazo. Faça as contas, lembre-se de todos os compromissos de início de ano, e proponha ao seu banco pagar uma parcela que vai caber no seu orçamento doméstico. Assim vai ser mais fácil “virar o jogo” no próximo ano.
- Equilibrados
Sabe aquelas pessoas que não têm dívidas, mas também não conseguem poupar? É comum ouvir dessas pessoas: “ah, eu gasto tudo que recebo...”, pois então, esses são os equilibrados. De uma forma geral, a tendência para os “equilibrados” é gastar todo o seu 13º, seja com férias, presentes ou despesas de início de ano. Que tal mudar essa atitude e aproveitar esse momento para começar a ser um poupador? Para isso, separe parte do 13º, e o aplique já no dia que receber o crédito. Procure usar a “sobra” do 13º de forma disciplinada: reflita sobre seus gastos antes de qualquer coisa. Lembre-se também que, sem constituir uma reserva para emergências, o equilíbrio financeiro pode se acabar quando surgir um imprevisto que afete seriamente o seu bolso.
- “Dinheiro sobrando”
Para aqueles que já conseguem poupar parte dos rendimentos, e com isso vêm montando um patrimônio financeiro, uma alternativa a ser pensada é se, com o 13º ou parte dele somado ao que já está aplicado, é possível conseguir melhores condições de remuneração. Alguns fundos de investimento com melhor histórico de rentabilidade, por exemplo, têm limites mínimos de valor aplicado. Vale a pena conferir se o 13º pode ajudar nesse sentido.
Para o 13º que vai ser usado para as festas de fim de ano e as férias, a melhor forma de valorizá-lo é saber negociar toda compra, principalmente as pagas à vista. Peça desconto.
Independente de qualquer situação financeira, não se esqueça de refletir os seus gastos, analisar e escolher o que é melhor para o seu bolso.