Pechinchar não é pecado

10 ideias para fazer um “negócio da China” na hora de comprar

25 de abril de 2018 7 min. leitura

10 ideias para fazer um “negócio da China” na hora de comprar

Negociar, barganhar, pedir desconto. A pechincha tem vários nomes, mas a lógica é a mesma: conseguir o melhor preço por algo que se deseja comprar. Em mercados populares e feiras de rua de países como Índia, Arábia Saudita, China, África do Sul, Turquia e Marrocos, a barganha é quase obrigatória. Quem viaja a esses lugares sabe que os vendedores se sentem até ofendidos quando o cliente aceita pagar o valor da etiqueta sem negociar.

No Brasil, de acordo com uma pesquisa feita pelo Data Popular, a crise econômica aumentou o hábito da pechincha da população, e 78% dos entrevistados declararam que usam essa estratégia no dia a dia. Entretanto, algumas pessoas se sentem inibidas ou têm vergonha de pedir desconto na hora de comprar. Se você se encaixa nesse grupo, aproveite essas ideias e bons negócios!

Nada melhor para a autoconfiança do que ter dinheiro vivo para comprar o produto à vista. Para o lojista, receber no cartão de crédito ou débito pode gerar um custo adicional de até 30% sobre o lucro gerado por cada produto, somando as taxas das administradoras de cartão, mais o aluguel da maquininha. A diferença é tanta que agora é lei: o varejo está oficialmente autorizado a cobrar preços mais baixos para quem paga com dinheiro. Se você estiver com grana na mão, terá mais poder para negociar. Seja firme e diga quanto você tem para fechar o negócio na hora, sem rodeios e sem burocracia.

Se você não tiver dinheiro vivo e vai pagar com o cartão de débito, também tem um bom argumento para pedir desconto, já que a taxa das administradoras é menor para o débito e o lojista irá receber o dinheiro em até dois dias após a venda. No crédito, a taxa é maior e a loja só recebe depois de 30 dias da data da compra.

Uma ótima ferramenta para obter preços mais baixos é fazer uma pesquisa antes de sair comprando. Acesse sites, leia folhetos e converse com vizinhos para ter uma ideia da média de valores cobrados por produtos idênticos ou similares na sua região. Então, negocie com base no que descobriu, usando frases como: “Vi esse mesmo produto mais barato em outra loja”, “Na internet tem um produto parecido com esse por menos” ou “Se você cobrir a oferta do seu concorrente, eu levo agora”.

Não tenha medo de parecer pão-duro por pedir desconto. Só você sabe quanto vale seu dinheirinho suado e quanto custam suas contas. Mas lembre-se: barganhar não significa desvalorizar o produto ou o serviço do outro, nem querer ganhar em cima da perda de outra pessoa. A ideia da negociação é buscar uma troca justa para ambas as partes. Não há nada de mal nisso e todos são livres para recusar a oferta a qualquer momento. Experimente!

Mesmo que esteja louco pelo produto, demonstre indiferença quando quiser pechinchar. Não deixe o vendedor perceber que você está babando para sair da loja saltitante com a sua nova compra. Reduza o volume da voz, relaxe as sobrancelhas e faça uma expressão quase sonolenta. Mostre que você tem o poder de sair a qualquer momento, sem remorso. Enquanto caminha lentamente para a saída, faça uma oferta matadora.

Todo mundo gosta de se sentir esperto e talentoso, por isso use sua inteligência para provocar o raciocínio do vendedor e dar a ele a chance de mostrar ao chefe que fez um bom negócio. Arrisque perguntar, por exemplo, “Há quanto tempo esse produto está aqui parado?”, “Quantas ofertas você já recebeu hoje por esse produto?” ou “Esse produto é da coleção passada e você não vai deixar ele encalhado na loja, vai?”. O vendedor vai pensar duas vezes antes de ver você sair pela porta de mãos vazias, enquanto as prateleiras continuam cheias.

Uma boa forma de conseguir descontos é escolher a peça da vitrine, mostruário, com rachaduras ou arranhões quase imperceptíveis. O vendedor terá mais liberdade de negociar com você nessas situações. Aproveite.

Se o vendedor não estiver disposto a abaixar o preço, pode ser que consiga lhe dar um acessório, um vale brinde ou cupom de desconto para a próxima compra. Não custa perguntar, certo?

Peça ao vendedor para anotar no papel a melhor oferta que ele consegue fazer e diga que antes de decidir, precisa dar uma “olhadinha” nas outras lojas ou convencer o cônjuge, que está muito resistente. Depois de receber a oferta, cumpra a promessa e saia. Reflita bem, faça contas, aproveite para refinar sua pesquisa e, se decidir voltar, diga “fiz as contas e não posso pagar mais do que R$...” e faça sua oferta final.

Se nenhuma das alternativas acima fizer efeito, você pode escolher simplesmente não comprar. Muitas barganhas não funcionam porque, mesmo depois de pedir o desconto e receber uma negativa, os clientes acabam cedendo ao preço da loja e compram. Sair sem nada é um ótimo jeito de educar o vendedor a pensar bem antes de dizer “não” à próxima pechincha.

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