Crianças e natureza

10 programas e dicas para proporcionar diversão ao ar livre para os pequenos quase sem gastar

23 de janeiro de 2020 7 min. leitura

10 programas e dicas para proporcionar diversão ao ar livre para os pequenos quase sem gastar

Em vez de passar o tempo livre dentro de casa ou em shoppings, que tal convidar as crianças a brincarem em um parque, praça ou outra área verde existente perto de onde você mora? O convívio com a natureza, além de não custar nada, é fundamental para o desenvolvimento integral das crianças.

Os benefícios dessa convivência são tantos que a Sociedade Brasileira de Pediatria e o programa Criança e Natureza, mantido pelo Instituto Alana, produziram uma cartilha com orientações sobre o que famílias, pediatras e educadores podem fazer para ampliar o acesso dos pequenos a esse tipo de experiência.

Brincar ao ar livre ajuda a desenvolver a concentração, habilidades motoras e a consciência corporal das crianças, além de aprimorar o senso de pertencimento e de apropriação do espaço público. Estimula, ainda, a responsabilidade e o cuidado com o meio ambiente. Confira as dicas para inserir essa prática no dia a dia de sua família e garantir que seus filhos tenham acesso a uma infância saudável.

Espaços seguros e controlados, praças e parques públicos são os campeões de preferência das famílias. Nesses locais, as crianças podem exercitar sua curiosidade e a vontade de descobrir e explorar. Além de áreas verdes, muitos deles possuem quadras esportivas, playgrounds, tanques de areia, áreas para piquenique, lagos, espaços para patinar e andar de bicicleta.

Nem sempre é preciso reservar hotel ou tirar férias para ir à  praia com as crianças. Dependendo da região que você mora, é possível fazer um “bate e volta” para curtir um dia perto do mar. A dica é acordar e sair bem cedo para aproveitar cada minuto e levar lanches, frutas e sucos prontos de casa. Assim, você garante uma alimentação saudável para a turma e ainda faz economia.

Se a intenção é sair um pouco de roteiro dos parques, uma ideia é apresentar os museus ao ar livre às crianças. Eles costumam reunir conhecimento, história, cultura e lazer, tudo num só programa. Na cidade de São Paulo, bons exemplos são a Casa das Rosas, que tem acesso gratuito, e a Fundação Oscar e Maria Luiza Americano, cujos ingressos custam entre R$ 5,00 e R$ 10,00. Em Orleans, Santa Catarina, o Museu ao Ar Livre Princesa Isabel é uma opção que encanta adultos e crianças, com entrada entre R$ 3,00 e R$ 6,00. O exemplo mais notório, contudo, é o Instituto Inhotim, em Minas Gerais, que oferece arte contemporânea em um lindo jardim botânico. Às quartas, a entrada é gratuita.

Caso a opção seja aproveitar a área verde de alguma casa, sítio ou até mesmo do condomínio onde você mora, vale reunir a turma e investir na criatividade para ir além das brincadeiras tradicionais. O site Tempo Junto elaborou um especial com 10 gincanas bem simples e refrescantes que podem ser feitas em espaços de terra e gramados no verão. Vale conferir.

Em tempos de tantos estímulos, muitas vezes esquecemos de mostrar às crianças como pode ser gostoso (e importante) a simples contemplação da natureza. Quantas vezes você já convidou seu filho para ver o pôr-do-sol? Em praticamente todas as cidades, existe algum mirante ou praça onde é possível apreciar a paisagem. Uma atividade simples, que não custa nada, pode ser muito prazerosa e bem-vinda, especialmente, para crianças que apresentam distúrbios de ansiedade, tão comum nos dias de hoje.

Os eletrônicos fazem parte da rotina das novas gerações. Se essa é uma realidade que não se pode ser ignorada, também é verdade que pais e responsáveis devem aprender a reconhecer os limites de seu uso. Se vocês estão programando uma saída para o parque, praça ou praia, que tal deixar os eletrônicos em casa? Assim, você evita que esses aparelhos concorram com os estímulos que você pretende proporcionar. Convide a moçada a se desconectar da internet para se conectar com a terra, as árvores, os pássaros e a água do mar.

Quando o assunto é economia e saúde, nada mais natural do que fazer lanches levinhos para piqueniques ao ar livre: podem ser bolos ou biscoitos caseiros, tortas ou sanduíches. Não se esqueça das frutas e legumes cortadinhos, como cenouras, tomates cereja ou pepinos. Prefira chás e sucos a refrigerantes. Leve cangas, toalhas e um cesto para colocar as comidinhas. A parte mais divertida de um piquenique é ficar descalço, sentar no chão e relaxar.

O contato com a natureza também pode acontecer em casa ou nas áreas comuns do condomínio. Com um pouco de terra, sementes e mudas de plantas, você pode criar um divertido plantio de horta caseira. Os vasos, que podem ser feitos de garrafas pet ou caixas de leite, precisam receber furos embaixo para a água escoar. Além de sentir o contato com a terra nas próprias mãos, cuidar das plantas também permite que as crianças desenvolvam a paciência, tendo melhor noção do tempo das coisas e dos ciclos na natureza.

A infância passa rápido, é uma das melhores fases da vida e deve ser aproveitada plenamente. Portanto, em programas ao ar livre, as crianças devem usar roupas confortáveis para que possam brincar, e se sujar à vontade, sem que você se estresse com isso. Se preferir, leve na mochila uma troca de roupa para quando o passeio acabar.

Levar o cachorro para passear, dar uma volta no bairro e conhecer ruas próximas pelas quais você nunca passa. Quer um jeito mais simples e divertido do que passear ao ar livre sem precisar ir longe? Basta querer mudar o olhar para enxergar ainda mais beleza naquilo que já é conhecido. Essa é uma lição importante para as crianças: saber que tudo o que é público nos pertence e, portanto, merece nosso carinho e cuidado.

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