Como garantir a educação dos filhos

Alternativas para bancar os estudos, desde o maternal até a faculdade

6 de setembro de 2017 7 min. leitura

Alternativas para bancar os estudos desde o maternal até a faculdade

Proporcionar educação de qualidade aos filhos é, sem dúvida, a melhor maneira de investir no futuro financeiro da família. Além do aumento de renda que cada ano de estudo pode trazer, pessoas mais escolarizadas ficam menos vulneráveis ao desemprego e às oscilações do mercado em momentos de crise. Entenda melhor como isso acontece na matéria Investir em educação aumenta a renda

Os norte-americanos sabem muito bem disso, e por essa razão, é comum ver famílias que começam a poupar para a universidade dos filhos, desde que eles são bebês. No Brasil, essa realidade é bem diferente. Um estudo feito pelo IBGE indica que 81% dos brasileiros têm poupança financeira nula, ou seja, não possui reservas nem para emergências de curto prazo, muito menos para planos futuros, como o estudo dos filhos ou a própria aposentadoria.

Com disciplina e sem imprevistos no caminho, o sonho de pagar a faculdade para os filhos pode ser realizado. Poupando R$ 200 mensais, desde o nascimento do filho, e colocando esse dinheiro em uma aplicação com rendimento de 0,20% ao mês acima da inflação, é possível acumular cerca de R$ 53.960,00 quando ele completar 18 anos. Esse valor é suficiente para bancar uma mensalidade de R$ 1.124,30 por quatro anos de curso. 

Entretanto, mesmo que os pais sejam disciplinados, planos de longo prazo sempre estarão sujeitos a obstáculos no caminho, como desemprego, separação, invalidez ou até mesmo morte do principal provedor da família. Conheça algumas alternativas do mercado financeiro para prevenir ou superar situações como essas. 

Previdência privada

A previdência privada ou complementar funciona por meio de contribuições mensais em nome do responsável financeiro ou da própria criança. Ao final do período pré-determinado pelo plano, poderá ser resgatado o valor integral ou uma renda mensal que permita custear as mensalidades ou até mesmo realizar outros planos profissionais, como pagar um intercâmbio, montar um consultório ou iniciar um negócio próprio.

Para ser proprietário do plano, o recém-nascido precisa ter um CPF próprio, e o pai ou mãe responde pelo investimento até o filho completar 16 anos. A partir desta idade, o pai é responsável com o consentimento do adolescente, e aos 18 anos, ele assume a administração do plano, podendo resgatar o valor quando quiser ou continuar investindo por conta própria.

Se a previdência estiver em nome de um dos pais e este vier a falecer, o plano não entra no inventário. O titular escolhe, em vida, os beneficiários que, nesse caso, podem dispor do montante acumulado sem precisar se envolver em processos demorados e burocráticos. 

Para aumentar a proteção à família, é possível incluir coberturas que indenizam um valor adicional aos beneficiários, além do que foi acumulado no seu plano de previdência, em caso de falecimento ou invalidez do contratante.

Seguro educacional 

Este tipo de seguro funciona como uma espécie de bolsa de estudos, pois auxilia no pagamento das mensalidades até o fim do curso, em caso de dificuldades dos pais ou responsáveis diante de uma situação de desemprego, morte ou invalidez. 

Pode ser contratado para garantir o estudo de crianças e adolescentes, do maternal até o curso superior. Além das coberturas básicas, podem ser oferecidas coberturas adicionais, como despesas com a festa de formatura, com curso pré-vestibular (no caso do ensino médio), com material escolar e uniformes, e até com um professor particular caso o aluno não possa ir às aulas. 

Também é possível contratar coberturas como remoção médica do aluno em caso de doença ou acidente na escola, transporte de ida e volta às aulas se o estudante estiver com dificuldade de locomoção em função de um acidente, assistência funeral em caso de morte do responsável financeiro, entre outras. 

Se o estudante repetir o ano, as 12 mensalidades do ano extra podem estar cobertas em caso de falta do responsável financeiro, desde que essa cobertura seja contratada. Em geral, as seguradoras só aceitam cobrir um único ano de repetência. 

Alguns colégios e universidades, em convênio com seguradoras, oferecem planos coletivos, no ato da matrícula, para reduzir a inadimplência. A contratação por meio da instituição de ensino é mais vantajosa em termos de preço, porque quanto maior o número de pessoas no contrato, mais a seguradora reduz o custo. 

Os colégios costumam adotar uma apólice anual com garantia para 14 meses, que inclui a matrícula e mais uma mensalidade para gastos com material escolar. O custo do seguro varia entre 2% a 3% do valor da mensalidade e é uma boa alternativa para quem não possui reservas de emergência para cobrir despesas educacionais em caso de imprevistos. 

Consórcio de serviços 

Outra opção interessante para quem deseja custear a formação dos filhos é o consórcio de serviços. Esta modalidade permite a compra programada de uma carta de crédito que poderá ser usada para pagar por curso técnico, superior, de especialização, MBA, idiomas, informática, ou até mesmo, a festa ou viagem de formatura. 

Diferentemente de um financiamento, o consórcio não tem juros, mas tem uma taxa de administração que é calculada sobre o valor da carta de crédito. Os planos do consórcio de serviços têm a duração de 36 meses e mensalmente sorteiam o valor para contratação do serviço, no caso, educação. 

Com a carta de crédito na mão, é possível negociar com a escola ou universidade um bom desconto para pagar o curso ou parte dele à vista, no ato da matrícula. Antecipando o pagamento das mensalidades, os imprevistos que acontecerem não irão atrapalhar a boa formação das crianças e jovens.

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