Aprendendo com o fracasso

Negócios que deram a volta por cima e se tornaram bem-sucedidos

9 de janeiro de 2019 5 min. leitura

Negócios que deram a volta por cima e se tornaram bem-sucedidos

Quando vemos empreendedores de sucesso na TV, internet ou nas revistas, pode parecer que essas pessoas sempre foram assim, ricas, bonitas e bem-sucedidas. Embora seja verdade que muitas tenham um talento especial para transformar ideias em dinheiro e fama, nem tudo são flores. Conheça algumas histórias de empresários que chegaram ao fundo do poço, mas com dedicação, disciplina e persistência deram a volta por cima e construíram trajetórias brilhantes.

Silvio Santos, o colecionador de fracassos

Ao longo de sua carreira de mais de 40 anos como um dos apresentadores mais carismáticos da televisão brasileira, Silvio Santos já colecionou muitos fracassos. Depois de sofrer um acidente na barca onde organizava bingos aos passageiros, no Rio de Janeiro, mudou-se para São Paulo, e recomeçou sem dinheiro, amigos ou trabalho, até que conseguiu uma vaga de locutor de rádio com um salário que mal dava para pagar suas contas.

Para garantir uma renda extra, criou uma revista de passatempos, trabalhava como corretor de anúncios e animador de shows de circo. Anos mais tarde, já como apresentador, recebeu vários nãos de emissoras como Globo e Record para o formato popular de programa que ele queria criar, até que resolveu abrir sua própria emissora de televisão. Recentemente, um de seus empreendimentos, o Banco PanAmericano, chegou a acumular um rombo de R$ 4,3 bilhões, o que levou Silvio Santos a cogitar vender seu império e sair do país. Em vez disso, seguiu em frente. Com seu talento para os negócios, apostou em vendas de cosméticos, deu a volta por cima e continua faturando milhões e animando as noites de domingo de muitos brasileiros.

J.K. Rowling, a mãe inabalável

A mulher mais influente do Reino Unido e uma das mais ricas do mundo, J.K. Rowling, estava desempregada, com problemas financeiros e cuidava sozinha de seu filho quando começou a escrever Harry Potter para passar o tempo e superar a depressão. Decidiu transformar o hobby em empreendimento quando ofereceu o primeiro livro para editoras.

Após ser recusada por oito editoras, sem se deixar abalar, finalmente sua obra foi aprovada pela editora britânica Bloomsburry Publishing, em 1997. Desde então, a série de livros que conta a história do bruxo mais famoso do mundo já foi traduzida para mais de 60 idiomas e seus personagens ganharam vida no cinema, em bonecos, brinquedos, acessórios, jogos virtuais e atrações de parques temáticos, faturando bilhões de libras anualmente.

Steve Jobs, o fundador expulso

A Apple, dona da maçã mais famosa do mundo, que estampa celulares e computadores que muitos sonham em ter, começou na garagem de Steve Jobs. Após um período de sucesso, conflitos de ideias levaram Jobs a ser expulso da própria empresa em 1985. Após sua saída, vários lançamentos da maçãzinha se tornaram completos fiascos, levando a companhia a quase fechar as portas.

Em 1997, ele aceitou o convite para voltar e, com seu talento para inovação e comunicação, conseguiu reverter a situação crítica da empresa, tornando-a novamente líder no mercado de tecnologia. O empreendedor milionário faleceu em 2011 e até hoje é considerado um guru da liderança e da criatividade nos negócios.

Alexandre Tadeu da Costa, o chocólatra insistente

O executivo da Cacau Show começou a trabalhar com 14 anos, vendendo chocolates de porta em porta para ajudar a família. Sua mãe havia começado o negócio em 1984. Em um feriado de Páscoa, seu fornecedor não entregou os produtos a tempo, forçando-a a se virar nos trinta para fazer a entrega, mas ela acabou desistindo dos chocolates.

Foi então que, aos 17 anos, Alexandre conseguiu vender um lote de dois mil ovos de Páscoa. Sem fornecedores para entregar seus pedidos a tempo, resolveu botar a mão na massa e fazê-los de forma artesanal. Assim surgiu a maior rede de franquias de chocolate do Brasil.

Lições dos “fracassados” de sucesso

Das histórias de empreendedores que já superaram fracassos, é possível tirar algumas lições, como não se abalar diante do não, arregaçar as mangas para manter o compromisso acordado com o cliente, acreditar em si mesmo, reinventar-se e, acima de tudo, jamais desistir de seu sonho. Empreender é um caminho com altos e baixos, e mais do que acertar sempre, o importante é aprender com os erros e seguir em frente.

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